FAZ DIFERENÇA

Editorial da Folha de S.Paulo, 16/10/2011

Sem novas mobilizações populares, dificilmente medidas para coibir a corrupção encontrarão meios de implementar-se na prática

Estima-se que 20 mil pessoas tenham se reunido em Brasília, na quarta-feira, num ato contra a corrupção. Manifestações de menor monta se verificaram em outras cidades brasileiras. O número pode não refletir o grau de rejeição que o atual estado dos costumes políticos desperta na imensa maioria dos cidadãos. Ainda assim, fica assinalada a persistência do movimento.

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POLÍTICA 2.0

 

Marina Silva

Folha de S.Paulo, 09/09/2011

Nem o clima de deserto que castigou Brasília no Sete de Setembro intimidou os cerca de 25 mil manifestantes da Marcha contra a Corrupção, em pleno centro do poder. A despeito do calor, a maioria foi de preto, para expressar seu luto diante da corrupção e da impunidade. Gente muito jovem, em grande parte, foi dizer aos Poderes da República que não aceita a complacência e o corporativismo com que corruptos costumam ser tratados.

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INTOLERÁVEL

 

Marina Silva
Folha de S.Paulo, 19/08/2011

Corrupção mata. Entender isso é fundamental para atacar um dos males que mais empatam o desenvolvimento socioeconômico e político do Brasil. Ainda há quem não veja a conexão entre corrupção e violência, mas elas estão intimamente ligadas. Da mesma forma, devemos entender que a baixa eficiência e o mau funcionamento dos serviços do Estado estão tremendamente relacionados à cultura da corrupção, ao patrimonialismo, à falta de transparência e à baixa capacidade de mobilização social.

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AUTÊNTICO E FALSO MORALISMO

 

Folha de Pernambuco, 05/08/2011

Editorial

A torrente de denúncias de irregularidades sobre desvios de recursos públicos prossegue como se fosse uma ocorrência rotineira no País. A onde de fatos comprometedores, verdadeiros ou não, porém, vem de longe, de décadas passadas.

Vamos nos restringir, para não ocuparmos maior número de linhas, ao início da década de 1950, a partir do governo constitucional do presidente Getúlio Vargas. Este, por adotar uma política dirigida em benefício dos trabalhadores e do próprio interesse nacional, tornou-se vítima indefesa dos seus adversários, quando do atentado em que foi assassinado o major da Aeronáutica, Rubem Vaz, certa noite, no Rio de Janeiro, em 1954, ao acompanhar o líder oposicionista, Carlos Lacerda, à sua residência, sendo ele um dos corifeus da União Democrática Nacional (UDN).

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