ACERTAR NA MOSCA

 

Eleitor

Eu sempre pensei assim: se a pesquisa diz que tal candidato vai ter 15% de votos, a gente fica esperando que a pesquisa acerte na mosca. Se não der 15%, então ela errou!   

Maurício Costa Romão

Essa é uma expectativa muito comum, porém equivocada. Não se deve cobrar das pesquisas que seus prognósticos batam exatamente com os resultados oficiais, dos tribunais eleitorais. O máximo que a pesquisa pode fazer é estabelecer um intervalo de variação para suas estimativas, dentro de certo nível estatístico de confiança. Assim mesmo, sob a égide das probabilidades, vez por outra, os números das urnas ficam fora desse intervalo.

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VAI DE COLIGAÇÃO, NA PROPORCIONAL?

Maurício Costa Romão

 Pragmatismo

Partidos políticos são pragmáticos. Fazem cálculos de quantos votos esperam obter na eleição e decidem se celebram aliança ou não. Se vislumbrarem vantagem eleitoral, sacramentam a união. Se não, não. Solidariedade política e afinidade filosófico-programática não contam, na maioria absoluta dos casos.

 

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UMA NOVA ABORDAGEM DO MODELO BRASILEIRO DE DISTRIBUIÇÃO DE VAGAS LEGISLATIVAS E SOBRAS ELEITORAIS (Nota Técnica 1 – continua)

UMA NOVA ABORDAGEM DO MODELO BRASILEIRO DE DISTRIBUIÇÃO

 DE VAGAS LEGISLATIVASE DE SOBRAS ELEITORAIS

(Nota Técnica 1 – continua)

 

Maurício Costa Romão

 

1. O problema da divisão proporcional

Nos sistemas eleitorais proporcionais, a escolha de representantes para o Poder Legislativo é considerada na literatura especializada um problema matemático de “divisão proporcional” ou “partilha equilibrada”, que consiste em distribuir de forma proporcional e justa as vagas de deputados e vereadores no Parlamento. Ressalte-se que o problema da divisão proporcional se aplica não só às eleições legislativas, mas a qualquer partição proporcional que envolva distribuir objetos iguais e indivisíveis entre determinado número de participantes.

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O QUOCIENTE ELEITORAL (Terceira Parte)

O QUOCIENTE ELEITORAL (Terceira Parte)

(Nota Técnica)

Por maurício Costa Romão

É oportuno verificar como têm evoluído essas variáveis nos últimos pleitos proporcionais. Como o eleitorado aumentasistematicamente a cada eleição, em decorrência do crescimento global da população, torna-se necessário verificar, para efeito de comparação inter-pleitos, o comportamento dessas variáveis não em termos absolutos, mas em termos relativos. Antes de apresentar evidências de pleitos estaduais, em termos de evolução e projeção de quocientes eleitorais, é oportuno mostrar, inicialmente, numa panorâmica a nível de Brasil, a Tabela 2, que desfila algumas relações envolvendo essas variáveis.

Fonte: elaboração do autor, com base em dados do TSE

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O QUOCIENTE ELEITORAL (Segunda Parte)

 
 
O QUOCIENTE ELEITORAL (Segunda Parte)
 
(Nota Técnica)
 
Por Maurício Costa Romão
 
Fonte: elaboração do autor, com base em dados do TSE

 A Tabela 1 mostra os quocientes eleitorais dos 26 estados da federação, mais o do Distrito Federal, referentes à eleição para deputado federal em 2010. Tome-se qualquer um dos estados, Espírito Santo, por exemplo. Nas eleições de 2010, para Deputado Federal, neste estado, o total de votos válidos foi de 1.886.627. Dividindo esta quantidade pelo número de vagas (10) na Câmara Federal tem-se o QE daquele pleito:

1.886.627 ÷ 10 = 188.627 votos válidos

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