Marcos Coimbra
Correio Braziliense, 20/10/2010
O vasto esforço “subterrâneo” das campanhas, particularmente a “guerra santa” das igrejas conservadoras contra Dilma, com a escalada religiosa de Serra, não conseguiram (pelo menos por enquanto) convencer novos eleitores
Começam a sair as pesquisas da reta final deste segundo turno da eleição presidencial. Só faltam 10 dias e, de agora em diante, serão muitas.
Depois do que aconteceu no primeiro turno, as pesquisas perderam a centralidade que tiveram ao longo do processo sucessório. Aqui, como em outros países, a opinião pública e a imprensa se acostumaram a lhes atribuir uma importância talvez exagerada, concentrando a discussão sobre as eleições no acompanhamento dos números a respeito do sobe e desce dos candidatos. Com isso, vieram para o primeiro plano, lugar onde não deveriam estar.
Elas continuam, contudo, a ser o que de melhor existe para conhecer o que pensam fazer os eleitores no dia da votação e não há outro meio nem parecido a elas nessa capacidade. Não estamos maravilhosamente bem servidos por elas, mas seria pior se não as tivéssemos.