BOLSONARO EM ZUGZWANG

 

Maurício Costa Romão

O Auxílio Emergencial (AE) para 67 milhões de brasileiros só vigora até dezembro. Na iminência do abalo social, econômico e político que advirá da cessação do benefício, o presidente Bolsonaro busca uma maneira de torná-lo permanente, com um valor de R$ 300 para aproximadamente 20 milhões de pessoas.

A questão é: com que recursos? Como sói acontecer nestas garimpagens por escassas fontes de renda, a malfadada idéia da CPMF sempre emerge como alternativa. A história desse imposto no Brasil não recomenda ressuscitá-lo.

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“REVISTA ALGO MAIS” ENTREVISTA MAURÍCIO COSTA ROMÃO

 

ALGO MAIS: A eleição deste ano será bem diferente das anteriores, devido à pandemia. O que muda essencialmente?

MR: A característica principal desta eleição é que as campanhas dos candidatos vão acontecer com pouca presença física junto ao eleitorado. A campanha, digamos, analógica, passa a ser virtual e isso traz várias conseqüências:

A rua física se torna rua virtual, o comitê físico agora é remoto, os contatos pessoais de rua, próprios da tradicional campanha, passam a ser contatos de redes, e o bom cabo eleitoral agora é o que tem influência digital; os gastos de campanha com materiais físicos são destinados hoje aos meios digitais; a propaganda com panfletos, santinhos, etc., agora será divulgada com mensagens de vídeo e por aí vai. É uma mudança muito profunda em termos de eleição.

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Não é (só) a economia

  

(Publicado no Jornal do Commercio em 30/08/2020)

Juliano Domingues

Maurício Costa Romão

 A política tem razões que a própria razão econômica desconhece. Não levar isso em conta induz análises apressadas a equívocos relativamente comuns, como o de estabelecer relação causal entre o auxílio emergencial da covid 19 e melhora da avaliação da gestão Jair Bolsonaro.

Pesquisa Datafolha do início deste mês apontou o melhor índice de aprovação do atual presidente desde o início do mandato: 37% dos eleitores classificaram sua administração como positiva. Os números mais favoráveis ao governo surgem em um contexto de pagamento de R$ 254,6 bilhões em auxílio emergencial, com quase 1/3 da população beneficiada.

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AUXÍLIO EMERGENCIAL E POPULARIDADE DO PRESIDENTE

  

Maurício Costa Romão

O benefício financeiro do auxílio emergencial (AE) fornecido pelo governo federal para enfrentamento da crise do coronavírus se destaca de pronto pela grandiosidade dos números.

 O total de gastos autorizado para o Programa é de R$ 254,6 bi, sendo que até o dia 18/08 foram pagos R$ 161,0 bi para 66,4 milhões de beneficiários (quase um terço da população brasileira).

 Naturalmente que um auxílio dessa magnitude, envolvendo trabalhadores informais, os já beneficiários do Bolsa Família e os que compõem o Cadastro Único, deve ter sido o grande responsável pela melhoria recente na avaliação do governo Bolsonaro detectada por vários institutos de pesquisa.

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