O USO DAS RESERVAS INTERNACIONAIS PARA INVESTIMENTOS

Maurício Costa Romão

A deterioração das contas públicas governamentais encetou um mecanismo circular da dívida que precisa ser interrompido sob pena de o país não conseguir pôr fim à recessão.

A causação circular começa com o déficit nominal crescente, que aumenta a relação dívida/PIB, indicador básico de solvência fiscal de uma economia.

A trajetória ascendente do déficit pressiona o aumento do dólar. As importações ficam mais caras e a inflação aumenta. Os juros sobem para conter a inflação, mas isso faz crescer o serviço da dívida. Com as receitas estagnadas ou caindo, o déficit nominal aumenta mais ainda e o círculo vicioso continua…

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CRISE ECONÔMICA E AGENDAS DE SUPERAÇÃO

Maurício Costa Romão

O Boletim Focus do Banco Central (BC), que afere posicionamentos do mercado quanto a indicadores relevantes da economia brasileira, tem trazido projeções nada alentadoras para 2016, ainda que em números mais favoráveis do que aqueles previstos para 2015.

No último Boletim (18/12), espera-se que a recessão continue forte: de um decréscimo do PIB de -3,70% estimado para 2015, o mercado prevê uma nova queda de -2,80% no ano subsequente. Registre-se, por oportuno, que o país teve crescimento zero em 2014.

A inflação, medida pelo IPCA, hoje no entorno de 10,70%, deve ceder por conta dos juros elevados e da recessão, ambos inibidores da demanda agregada. O mercado trabalha com um percentual nas cercanias de 6,87%, mesmo assim maior que o teto da meta.

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