ERROS EM PESQUISAS ELEITORAIS

Eleitor

“Gostaria de elaborar um pouco mais essa questão do erro nas pesquisas. Nós já vimos resultados muito discrepantes das pesquisas, erros grosseiros. O exemplo que você mesmo deu da Bahia é paradigmático, repercutiu no país todo. Os institutos nunca admitem estar equivocados. Sempre têm uma explicação. O resultado da Bahia, por exemplo, não foi erro dos institutos?”

Maurício Costa Romão

Primeiro, você tem razão, é raríssimo um instituto admitir que errou. Apesar da arrogância dos institutos, as pesquisas erram. Felizmente o fazem em quantidade disparadamente menor do que acertam. Mais à frente, vamos qualificar o que se entende por erro em pesquisa. Mas veja, recentemente, o Ibope, através de Márcia Cavallari, fez uma mea culpa na eleição da Paraíba em 2010.Um dia antes daquela eleição (02 de outubro), o Ibope considerou Zé Maranhão vencedor do pleito no primeiro turno, com 52% dos votos válidos. Na boca de urna do dia 03 previu também Zé Maranhão à frente. Abertas as urnas, Ricardo Coutinho teve mais votos que Zé Maranhão e a eleição foi para o segundo turno.

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INFLUÊNCIA DAS PESQUISAS (III)

Eleitora

“Você disse que a eleição da Bahia, em 2006, é um famoso contra-exemplo do voto útil, uma espécie de voto útil ao contrário. Como é esse caso”?

Maurício Costa Romão

Esse exemplo da Bahia é singular, pois ele serve a vários propósitos. Na eleição para governador da Bahia, em 2006, Paulo Souto, então candidato à reeleição, registrava no Ibope 56,5% contra 36,5% de Jaques Wagner, 20 pontos de diferença, isso no dia 25 de setembro, segunda-feira da semana do pleito. Souto já era tido por todos como vencedor no primeiro turno. No domingo, dia 1º, quem ganhou a eleição no primeiro turno foi Wagner, com 10 pontos de vantagem!

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