DILMA: SINAL AMARELO ACENDE DE NOVO

Fonte: elaboração própria com base em pesquisas do Ibope (5), Datafolha (3), MDA (3) e Vox Populi (1)

Maurício Costa Romão

Os movimentos insurgentes de junho do ano passado permanecem pouco latentes nas ruas reais, mas suas inquietações e demandas continuam ocupando grande espaço na mídia e nas ruas virtuais.

Como decorrência desse contexto, ou perda de confiança nas instituições para resolvê-lo, ou mesmo pelo aparecimento de novos elementos indutores de indignação, é visível que o ambiente nacional descortina certo ar de tensionamento social (rolezinhos, vandalismo, insegurança, mobilidade, apagões, copa do mundo, inflação, baixo crescimento, etc.).

As pesquisas eleitorais são um bom termômetro dessa ambiência e funcionam como caixa de ressonância do pensamento da população. A nova queda na avaliação positiva do governo Dilma Rousseff é reflexo desse quadro turvo da conjuntura do país (vide abaixo).

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PESQUISAS MOSTRAM RECUPERAÇÃO DE DILMA, MAS NÃO APONTAM TENDÊNCIA

Fonte: elaboração própria, com base nas pesquisas listadas.

 Maurício Costa Romão

As três pesquisas nacionais de intenção de votos para presidente, que foram levadas a efeito depois das manifestações de rua do meio do ano, mostram uma discreta recuperação de Dilma Rousseff relativamente aos baixos indicadores do mês de junho.

A tabela acima desfila os percentuais de intenção de votos consagrados à presidente e aos seus potenciais concorrentes, nos recentes levantamentos dos institutos Datafolha (coleta de dados no final do primeiro decêndio de agosto), Vox Populi e CNT/MDA (ambos com trabalho de campo em fins de agosto e início de setembro).

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TROCANDO EM MILHÕES

Fonte: elaboração própria com base em pesquisa da CNT/MDA

Maurício Costa Romão

Na pesquisa de opinião da CNT/MDA, realizada de 7 a 10 de julho do corrente, quando argüidos sobre a quem principalmente se dirigiam os protestos realizados em junho no Brasil, os entrevistados apontaram os políticos em geral (49,7%) e o sistema político no país (21,0%). Isso quer dizer que 70,7% do eleitorado brasileiro culpam o establishment político pelas mazelas existentes.

Talvez por que tenha detectado esse sentimento um mês antes, a presidente Dilma Rousseff cuidou de se isentar de responsabilidades e redirecionar os petardos das manifestações para a classe política, via emparedamento do Congresso Nacional.

Nessa estratégia, buscou ressuscitar a questão da reforma política via consulta pública, na forma de plebiscito. Acontece que a reforma política foi considerada, na mesma pesquisa, a reivindicação mais importante das manifestações por apenas 16,5% da população.

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O CRITÉRIO DO DATAFOLHA PARA EXPRESSAR “APROVAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO” EM PESQUISA ELEITORAL

 Maurício Costa Romão

Aprovação de Dilma tem 1ª queda, de 8 pontos, e vai a 57%”(Manchete da FSP, primeira página, 9/06/2013).

“Pela primeira vez a popularidade da presidente Dilma Rousseff caiu. Pesquisa Datafolha revela que 57% da população avalia sua gestão como boa ou ótima…” (idem, matéria na primeira página).

Avaliação do governo Dilma: respostas estimuladas e únicas, em %” (subtítulo do gráfico principal, ibidem)

No quesito “avaliação da administração” dos governantes, os institutos de pesquisa costumam inquirir os respondentes de duas maneiras: uma, indagando se o mandatário está realizando uma administração “ótima, boa, regular, ruim ou péssima”, outra, instando-os a declararem se “aprovam ou desaprovam” a gestão em andamento.

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PREFEITOS E A MEMÓRIA DO ELEITOR

 

Por Adriano Oliveira

Prefeitos bem avaliados não vencem necessariamente a eleição. Prefeitos mal avaliados não perdem necessariamente a eleição. Campanhas importam, e estas, quando bem conduzidas modificam ou consolidam a escolha do eleitor. Eleitores têm memórias. Nestas, estão presentes imagens de fatos e pessoas. O eleitor se lembra de quê? Hoje, por exemplo, dado candidato pode ter reduzido índice de aprovação junto aos eleitores. Em razão disto, aparece em segundo lugar em pesquisas de intenção de voto. Faltando três meses para o inicio oficial da campanha, a aprovação do prefeito poderá crescer. E na reta final da campanha, o prefeito passa a ser favorito para vencer a disputa eleitoral.

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