TATARANETOS

Benjamin Steinbruch

Folha de S.Paulo, 05/06/2012

A Argentina continua sendo uma parceira estratégica que o Brasil precisa conservar a qualquer custo

Desde a dramática crise de 2001, escrevi neste espaço cinco artigos sobre a Argentina. Todos sustentaram que os problemas do país vizinho tiveram origem numa série de equívocos de governo: a abertura precipitada do mercado, a extinção de incentivos à indústria, a política cambial desastrada e, por fim, a religiosa obediência à cartilha ortodoxa e recessiva do FMI.

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O QUE A ARGENTINA PODE ENSINAR AO BRASIL

Marcos Coimbra

29/04/2012

Na semana que passou, houve votações de grande importância na Câmara dos Deputados brasileira e no Senado argentino. Ambas foram concluídas na quarta feira. Cessam aí as coincidências. Brasil e Argentina são muito diferentes em sua cultura política. Aqui, naquele dia, o governo foi derrotado por uma expressiva maioria. Apurados os votos, a proposta do novo Código Florestal, já aprovada no Senado e que contava com o apoio explícito do governo, recebeu o endosso de apenas 189 deputados. Contra, manifestaram-se 274. 2 abstenções foram computadas.

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O BRASIL DIFERENTE

Josué Gomes da Silva

Folha de S.Paulo, 06/05/2012

A reestatização da YPF, na Argentina, e da distribuidora de energia elétrica, na Bolívia, retomam a polêmica quanto à correção dessas medidas.

Em princípio, representam uma atitude legítima, decisão soberana que cabe a cada nação. Assim, quando adotadas sob o respeito às regras internacionais, aos contratos -desde que os acionistas recebam valor justo- e atendendo interesses da sociedade, a nacionalização é cabível.

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DO TANGO AO TANGOLOMANGO

Ferreira Gullar

Folha de S.Paulo, 02/01/2012

Os anos que vivi em países latino-americanos levaram-me a perceber que entre eles e o Brasil há importantes diferenças. Isso não significa que eles, por sua vez, sejam todos iguais; não obstante, há, entre eles, traços que os distinguem de nós. Não é que sejamos melhores ou piores que eles, mas há diferença. Já me referi a isso aqui, faz algum tempo, mas agora essa observação me volta à lembrança, ao saber das medidas francamente antidemocráticas tomadas por Cristina Kirchner, recentemente reeleita presidente da Argentina. E foi na Argentina que passei a maior parte de meu exílio.

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O X DO POPULISMO

Cesar Maia

Folha de S.Paulo, 13/11/2010

Há um paralelismo entre a política e a economia argentina e brasileira em relação às suas especificidades e ao tempo em que ocorrem. Foi assim com Getulio e Perón, com Frondizi e JK, com os militares, com Collor e Menem, Alfonsín e FHC, com os planos Austral e Cruzado, Primavera e Verão e agora com Kirchner e Lula. As análises de ambas as dinâmicas políticas ajudam a entendê-las. E a preveni-las, se for o caso.

Em sua coluna (“La Nación”), na semana passada, o politólogo Natalio Botana analisa os desafios que virão com a morte de Kirchner. Para unificar o peronismo, só com um líder forte. Afinal são quatro peronismos, como sugere.

A semelhança com o PT tem raízes e história. A base do peronismo é uma liderança popular, onicompreensiva. Seus ciclos sempre dependeram dessas presenças, com Evita e Perón, Menem e depois Kirchner. Na ausência de líder forte, o peronismo perdeu o poder.

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