
Maurício Costa Romão
No quesito “avaliação de governo” os institutos de pesquisa costumam inquirir os respondentes de duas maneiras: uma, indagando se o mandatário está realizando uma administração “ótima, boa, regular, ruim ou péssima”, outra, instando-os a declararem se “aprovam ou desaprovam” a gestão em andamento, ou a maneira de governar do gestor.
Esta última forma é mais direta, intuitiva, de fácil interpretação. Seus resultados numéricos não deixam margem a dúvidas: 60% de Aprova, 30% de Desaprova e 10% de não sabem, não responderam, suscitam logo a conclusão de que a administração é aprovada pela população.
Entretanto, ao se resumir à dualidade aprova/desaprova, a questão deixa de fora do leque de opções do entrevistado as eventuais manifestações intermediárias entre as duas indagações.