Por Maurício Costa Romão


Pesquisa publicada hoje pela CNT/Sensus mostra uma diferença de dez pontos de percentagem de intenção de votos entre a candidata do governo, Dilma Rousseff, e o postulante oposicionista, José Serra. Marina Silva obteve 8,5%.
Relativamente ao último levantamento do mesmo instituto, realizado entre os dias 10 e 14 de maio, Dilma cresceu 5,9 pontos percentuais e Serra oscilou negativamente em 1,6 ponto. Já Marina cresceu 1,2 ponto de percentagem.
A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Isso significa que a diferença pró Dilma está fora da margem de erro, configurando vantagem efetiva de intenções de voto.
No Brasil todo foram entrevistadas 2.000 pessoas, em 136 municípios de 24 estados, entre os dias 31 de julho e 2 agosto de 2010. A pesquisa foi registrada no TSE em 29 de julho sob o número 21.411/2010.
Em se considerando todas as 27 pesquisas nacionais realizadas até agora pelos quatro grandes institutos (Datafolha, Sensus, Vox Populi e Ibope), desde setembro do ano passado, José Serra tem uma média de intenções de voto de 35,3%. Esse percentual (que em termos de medida de tendência central é também a moda dos números catalogados) tem sido uma barreira para o candidato do PSDB, que tem tido dificuldades de dele se afastar de forma significativa e duradoura.
Dilma Rousseff crava 31,0% de média de intenções de voto desde setembro de 2009. Contudo, listando as 12 pesquisas mais recentes, desde maio – quando ele passou para o patamar de 35% a 40% de intenções de voto – até esta última de hoje, a média da petista sobe para 38,5%.
Como se sabe, as pesquisas eleitorais mais recentes são as mais relevantes, pois captam o sentimento mais atual da população, o sentimento que incorpora os últimos acontecimentos influenciadores. O gráfico que lista todas as pesquisas retrata bem a trajetória ascendente das manifestações de voto a favor de Dilma.
Marina Silva, por seu turno, tem-se circunscrito ao patamar de 5% a 10% dos votos, com média ao longo do período de 7,9%. Se para Serra transpor duradouramente a barreira dos 35% tem sido um grande desafio, para Marina acontece o mesmo, em um nível mais baixo de intenções de voto, pois não tem conseguido ultrapassar o patamar 10% de forma sustentável.