PRIMEIRA RODADA DE PESQUISAS DO SEGUNDO TURNO

 

Imagem publicada no blog do IMN
Fonte: elaboração do autor, com base nas pesquisas listadas
Fonte: elaboração do autor, com base nas pesquisas listadas

Nestes últimos cinco dias foram publicadas quatro pesquisas de abrangência nacional levadas a efeito pelos grandes institutos que vem cobrindo a eleição presidencial deste ano: Datafolha, Ibope, Vox Populi e Sensus.

Exceto em relação ao Datafolha, cujo trabalho de campo é mais “antigo”, as demais pesquisas fizeram entrevistas em períodos bem próximos uns dos outros, a ponto de terem apresentando um dia de overlapping, dia 11 de outubro.

Os números divulgados por esses institutos são bem parecidos, considerando que provém de metodologias distintas. É conveniente neutralizar a influência individual de qualquer uma dessas pesquisas, calculando a média de intenção de votos entre elas, para cada um dos candidatos.  

Em termos de votos totais a média de intenção de votos de Dilma Rousseff nessa primeira leva de pesquisas alcançou 47,9%, enquanto que a de José Serra registrou 41,7%. A diferença entre eles é, portanto, de 6,2 pontos de percentagem, na média.

É digno de registro notar que ainda há, em média, 10,4% de votos brancos, nulos e indecisos, visto que faltam pouco mais de duas semanas para a eleição.

Apenas para dar uma ordem de grandeza, esse percentual representa cerca de 10,6 milhões de eleitores, imaginando-se que os votos válidos do segundo turno sejam aproximadamente iguais ao do primeiro, na casa dos 101,6 milhões.

Desses 10,6 milhões, em torno de 6 milhões referem-se aos indecisos, que têm que assumir uma das duas candidaturas no dia da eleição, ou votar em branco ou anular o voto, supondo que não se abstenham de votar. De qualquer maneira, trata-se de um contingente elevado, passivo, eventualmente, de ser conquistado pelos candidatos. 

Quando se transformam os votos totais em votos válidos, desconsiderando-se exatamente esse contingente mencionado (os votos brancos e nulos são retirados e os indecisos distribuídos proporcionalmente entre as duas candidaturas), a média de intenção de votos de Dilma vai para 53,5% e a de Serra para 46,5%.

Uma diferença de 7 pontos de percentagem em votos válidos, no segundo turno, quando só há duas forças em disputa,  significa que a parte em desvantagem só precisa de 3,5 pontos para neutralizar a distância entre elas. Não é, portanto, uma diferença expressiva, mesmo levando-se em conta o pouco tempo que resta para o dia 31 de outubro.

A essas alturas, nem mesmo o mais ousado dos analistas se arriscaria a prevê vitória de um dos candidatos. Uma coisa é visível, todavia: o clima de euforia mudou da situação, que imaginava findar o pleito já no dia 03 de outubro, para a oposição, que desembarcou às duras penas no segundo turno, façanha que há um mês parecia impossível.

E para alimentar essa euforia nas hostes oposicionistas, os números das primeiras pesquisas dessa nova fase vem mostrando que é relativamente pequena a distância que separa as intenções de voto de Dilma das de Serra, a ponto deste último levantamento do Sensus já consignar empate técnico entre os dois postulantes.

A segunda rodada de pesquisas já vai captar novos desdobramentos da campanha em curso e certamente trará elementos que possam auxiliar na formulação de prognósticos mais abalizados. Os indicativos que se têm até agora não são suficientes para configurar tendência definida.

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