PREFEITO DO RECIFE 2012: PRIMEIRA RODADA DE PESQUISAS PÓS-CONVENÇÕES

 

Maurício Costa Romão

O gráfico que acompanha o texto desfila as intenções de voto dos quatro principais candidatos a prefeito da cidade do Recife. Embora gerada de institutos diferentes, com suas metodologias distintas, a evolução dos números, postada consoante cronologia da data do trabalho de campo, dá margem a que se possam observar os primeiros movimentos ondulatórios das trajetórias de intenção de votos das quatro principais candidaturas postas à PCR.

Numa rápida olhada pelo gráfico fica patente a inexistência de uma linha que espelhe trajetória bem definida. Naturalmente, é muito cedo ainda para vislumbrar tendências. Novas rodadas de pesquisas, particularmente as que serão feitas a partir da entrada em vigor do horário eleitoral, dia 21 de agosto, delinearão um quadro prospectivo mais nítido.

Neste mês de julho (de 04 a 21) foram publicadas cinco pesquisas de intenção de votos levadas a efeito pelos institutos que as registraram no TRE e divulgaram os resultados de seus levantamentos: Opinião, Método, IMPN, Ibope e Datafolha.

Os números divulgados por esses institutos são bem parecidos, considerando as respectivas margens de erro e o fato de que provêm de metodologias distintas.

É conveniente neutralizar a influência individual de qualquer uma dessas pesquisas, calculando a média de intenção de votos entre elas, para cada um dos candidatos. Essas médias de intenção de votos dos principais candidatos após as convenções partidárias e o registro definitivo das candidaturas estão mostradas na tabela abaixo.

 

Em termos de votos totais a média de intenção de votos de Humberto Costa é de 36,2%, quatro pontos percentuais a menos que o somatório de votos dos demais candidatos.

Essa constatação numérica aponta para realização de segundo turno na eleição do Recife. Outros ingredientes podem ser adicionados a essa possibilidade, principalmente o aguardado crescimento das intenções de voto do candidato pessebista, que pode subtrair votos da candidatura líder. Ocorrendo isso, aumenta o fosso que separa as intenções de voto do líder e a barreira dos 50% mais um dos votos válidos.

Havendo segundo turno, é impossível, com os números que se têm hoje, prognosticar quais dos contendores ultrapassarão a data de 07 de outubro para o embate final.    

A segunda rodada de pesquisas já vai captar novos desdobramentos da campanha em curso e certamente trará elementos que possam auxiliar na formulação de prognósticos mais abalizados. Os indicativos que se têm até agora, como se viu, não são suficientes para configurar tendência definida.

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Maurício Costa Romão, Ph.D. em economia, é consultor da Contexto Estratégias Política e de Mercado, e do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau. mauricio-romao@uol.com.br, https://mauricioromao.blog.br.

 

 

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