
Por Maurício Costa Romão
Mais uma pesquisa de intenção de votos para Presidente foi realizada nesta primeira quinzena de setembro, desta feita a cargo do Instituto Sensus. É a trigésima oitava pesquisa da corrida presidencial, desde a pesquisa do Ibope de 11 a 14 de setembro do ano passado, todas registradas oficialmente e publicadas na mídia.
O levantamento atual, encomendado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), foi divulgado nesta terça-feira (14/09), e mostra a candidata do PT, Dilma Rousseff, com 50,5% das intenções de voto, 24,1 pontos percentuais à frente do candidato do PSDB, José Serra, que tem 26,4%. Marina Silva, do PV aparece com 8,9%.
O trabalho de campo foi levado a efeito entre 10 e 12 de setembro, no qual foram ouvidos 2 mil entrevistados em 136 municípios de 24 estados. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Na última rodada do mesmo instituto, realizada entre os dias 20 e 22 de agosto, Dilma tinha 46% contra 28,1% de Serra e 8,1% de Marina. As variações de uma pesquisa para outra se deram, portanto, dentro da margem de erro.
Entre os demais candidatos, Zé Maria (PSTU) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) aparecem empatados, com 0,6%. Eymael (PSDC) tem 0,2% e Rui Pimenta (PCO), 0,1%. Levy Fidelix (PRTB) e Ivan Pinheiro (PCB) não pontuaram.
Portanto, o conjunto dos outros postulantes menos expressivos eleitoralmente só atingiu 1,5% das intenções de voto. Os votos brancos e nulos somaram 3,5% e os entrevistados que não souberam ou não responderam totalizaram 9,1%.
É digno de registro que a presente pesquisa buscou mensurar a repercussão do caso da quebra de sigilos fiscais de integrantes do PSDB e de familiares do candidato José Serra. Os resultados divulgados já incorporam esse incidente. Depreende-se que o assunto não afetou as intenções de voto da candidata do PT, cujos percentuais guardam estrita correspondência com as recentes pesquisas do Ibope (24-26/ago) e Datafolha (02-03/set e 08-09/set).
Já as recentes denúncias de tráfico de influência no governo envolvendo a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, e objeto de grande cobertura pela mídia, não foram repercutidas no levantamento divulgado hoje.