
A Tabela 1 mostra os quocientes eleitorais dos 26 estados da federação, mais o do Distrito Federal, referentes à eleição para deputado federal em 2010. Tome-se qualquer um dos estados, Espírito Santo, por exemplo. Nas eleições de 2010, para Deputado Federal, neste estado, o total de votos válidos foi de 1.886.627. Dividindo esta quantidade pelo número de vagas (10) na Câmara Federal tem-se o QE daquele pleito:
1.886.627 ÷ 10 = 188.627 votos válidos
Somente partidos ou coligações que tiveram votação igual ou superior a 188.627 votos é que se credenciaram a ocupar as cadeiras parlamentares. Uma maneira alternativa de se interpretar o QE é dizendo que ele significa o número médio de eleitores que cada parlamentar representa, já que cada eleitor equivale a um voto. No caso do Espírito Santo, o parlamentar federal, em média, representa 188.627 eleitores na Câmara Alta. Como o QE é o número de votos válidos por cadeira, diz-se, também, às vezes, que o QE é o “valor” de uma cadeira no legislativo, em termos de votos.
Evolução e tendência
Já se viu que [QE=f(EL, AB, VA, BN, VV, C)]. Qualquer alteração nessas variáveis afeta o QE. Se o objetivo da análise é, por exemplo, saber por que o QE de um particular estado (obviamente não há QE nacional) tem aumentado ou diminuído, há que se verificar o que tem acontecido com seus fatores determinantes EL, AB, VA, BN, VV, e C.
Deve-se levar em consideração, de princípio, que o eleitorado, EL, é dado a conhecimento pelo TSE alguns meses antes pleito (em 2010, por exemplo, foi em julho) e que desde 1994 que não há modificação no número de cadeiras, C, por estado, na Câmara dos Deputados [Nota (G)]. Cabe lembra ainda que, dado EL, a abstenção, AB, e os votos apurados (ou comparecimento), VA, são alternativos, no sentido de que se sabendo a quantidade de uma variável, determina-se a quantidade da outra.