Quando se iniciam as campanhas eleitorais, de dois em dois anos, as pesquisas de intenção de votos passam a ser o farol que ilumina os debates políticos e atrai a atenção do eleitor. Elas são realizadas em grande quantidade, sendo publicadas pela mídia, umas após outras. Algumas são oriundas de um mesmo instituto, outras de fontes diferentes; umas são mais rigorosas em termos de tamanho da amostra e margem de erro; outras, nem tanto; algumas realizadas em “pontos de fluxo”, outras em residências, etc. Diante de tamanha diversidade de abordagens e do enorme volume de informações que elas contêm, a par das complexidades estatísticas e metodológicas que emolduram sua concepção, não surpreende que o público em geral não consiga compreender as pesquisas eleitorais e interpretar corretamente o real significado de seus resultados.
Foi na esteira dessa percepção que Adriano Oliveira, Maurício Costa Romão e Carlos Gadelha conceberam escrever um livro que pudesse, de forma sistemática, simples e didática, desvendar os meandros das pesquisas eleitorais, desde sua concepção à interpretação, passando pela realização dos trabalhos de campo. O compêndio tem, ainda, o mérito de fazer uma ponte entre aspectos conceituais e evidência empírica, esta assentada na utilização de dados reais das eleições recentes.
Não resta dúvida de que Adriano Oliveira, Maurício Costa Romão e Carlos Gadelha brindam a opinião pública com uma obra de destacada relevância e atualidade sobre o mundo das pesquisas eleitorais. Embalados pela origem docente e pela diversidade de suas formações acadêmicas (ciência política, economia e estatística), os autores se valeram, ainda, da vivência acumulada na prática, na realização, análise e acompanhamento profissional de várias pesquisas levadas a efeito em pleitos recentes.
O livro, pelo seu largo espectro e conteúdo didático, destina-se ao público em geral: estudantes, pesquisadores, consultores, professores, técnicos, jornalistas, entre outros. Pela temática específica que aborda, é particularmente adequado aos segmentos ligados à classe política e à ciência política: professores e estudantes desta área, parlamentares, assessores legislativos, candidatos, militantes e dirigentes partidários, analistas e estrategistas políticos, etc.