IPESPE: DILMA LIDERA, MAS ADVERSÁRIOS REAGEM

Fonte: elaboração própria com base em várias pesquisas

Maurício Costa Romão

Uma nova pesquisa nacional divulgado ontem (26/11), levada e efeito pelo Ipespe, entre os dias 15 e 20 de novembro, mostra que Dilma Rousseff segue liderando as intenções de voto da corrida presidencial nos cenários submetidos aos eleitores.

Naquele cenário que parece ser o mais provável de acontecer – o que engloba a governante e os pré-candidatos Aécio Neves e Eduardo Campos – a presidente alcança 43%, Aécio 16% e Eduardo 12%, quadro que difere pouco de outros levantamentos recentes.

Embora exiba folgada margem de intenções de voto em relação à soma dos percentuais dos dois adversários, o que é indicativo de que a permanência desse hiato pode ensejar o término do pleito em sua primeira etapa, a presidente parece estar encontrando grande dificuldade de ultrapassar a média de 42% de intenções de voto que vem exibindo desde a celebração da coalizão PSB-Rede, sacramentada em cinco de outubro próximo passado.

Ademais, neste levantamento do Ipespe, quando cotejado com o anterior do Ibope (7-11/nov), observa-se que os adversários da presidente cresceram oito pontos, enquanto que ela não esboçou reação nas suas intenções de voto, permanecendo com 43% (a comparação entre as duas pesquisas é feita apenas à guisa de ilustração, já que, tecnicamente, não é aconselhável fazê-lo, posto que os dados provêm de diferentes institutos com suas distintas metodologias).   

Aliás, a pesquisa do Ibope acima mencionada revelou um dado significativo: 62% da população querem um governo que opere mudanças no País, contra 35% que preferem a continuidade do atual modus operandi. O provável teto de Dilma (média de 42% de intenções de voto e média de 38% de avaliação de governo, em várias pesquisas) pode ser largamente explicado por esse sentimento de mudança.

Diante de tal clima, os papéis dos postulantes ao Planalto estão definidos: a presidente buscará reverter essa expectativa de mudança e seus adversários, ao contrário, procurarão capitalizá-la. A presidente tem a vantagem da incumbência; os adversários embalam o sonho do novo, combustível da esperança.

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Maurício Costa Romão, Ph.D. em economia, é consultor da Contexto Estratégias Política e Institucional, e do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau. mauricio-romao@uol.com.br

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