Eleitor
A TV ainda é o meio mais importante na campanha eleitoral para conquistar o eleitor?
Maurício Costa Romão
Sim! A experiência de várias eleições tem mostrado que a TV e o rádio são os meios mais importantes e, sobretudo, eficazes, de as campanhas eleitorais chegarem diretamente aos eleitores. O horário eleitoral, principalmente o transmitido pela TV, muda a história das eleições. Trata-se, também, de uma questão de escala: enquanto a abordagem de eleitores na rua, em pontos de fluxo, ou em suas residências tem alcance fisicamente limitado, a comunicação por rádio e TV leva instantaneamente as mensagens dos candidatos a milhares e milhares de eleitores, incluindo os que se encontram nos mais distantes e inacessíveis rincões.
As inserções, todavia, são muito mais valorizadas pelas campanhas eleitorais do que o horário fixo da propaganda eleitoral, que não tem tanto impacto na apreensão do eleitor. O horário fixo de TV, o guia propriamente dito, pré-determinado, no formato meio antiquado, meio repetitivo, que vem sendo veiculado, é um convite à desatenção do eleitor, que aproveita para sair da sala, tomar um café, ir fumar na varanda, etc. Claro que o guia tem sua importância e eventualmente pode até ser decisivo. Os especialistas, todavia, relativizam sua eficácia.
Nas inserções, por outro lado, a comunicação ao eleitor se faz de surpresa, de repente, imiscuindo-se momentaneamente pela programação que o eleitor está vendo ou ouvindo. As inserções são certeiras: pegam o eleitor desprevenido e ele fica atônito, impactado pelo evento não previsto. São flashes rápidos de 15 ou 30 segundos. Não dá nem tempo de o eleitor desviar a atenção. E são vários spots durante o dia, espalhados na grade de programação, favorecendo principalmente os partidos que têm mais minutos de TV e rádio que, por conta disso mesmo, também detêm maior quantidade de inserções.
Concordo, infelizmente