
Pesquisa do Ibope divulgada ontem aponta estabilidade na diferença de intenções de voto entre José Serra, do PSDB, e Dilma Rousseff, do PT: o tucano obteve 34% e a petista 39%. Esses mesmos percentuais foram registrados no último levantamento do Instituto, efetuado entre os dias 26 e 29 de julho próximo passado, confirmando a polarização entre os dois candidatos líderes nas intenções de voto.
A candidata do PV, Marina Silva, obteve 8% das intenções de voto, tendo oscilado positivamente em um ponto de percentagem relativamente à pesquisa do final de julho.
A pesquisa entrevistou 2506 eleitores, mesmo tamanho de amostra da pesquisa anterior. Os trabalhos de campo foram levados a efeito entre os dias 2 e 5 de agosto de 2010, com eleitores de 173 municípios de todo o País. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima, para mais ou para menos, é de 2%. A pesquisa está registrada no TSE sob o número 21697/2010.
As 28 pesquisas nacionais realizadas pelos quatro grandes institutos, Ibope, Datafolha, Sensus e Vox Populi, estão mostradas no gráfico abaixo, na seqüência cronológica com que realizaram trabalho de campo.

Considerando todas as 28 pesquisas, a média de intenção de votos de Serra é de 35,2%, a de Dilma é de 31,3% e a de Marina é de 7,9%.
Levando-se em conta, todavia, que as pesquisas mais recentes são aquelas que incorporam informações mais relevantes, em termos do sentimento contemporâneo do eleitor, os números para a candidata situacionista mudam bastante quando se consideram apenas as últimas 10 pesquisas, a partir da primeira realizada em maio, quando Dilma claramente passa a situar-se no entorno do patamar de 35% a 40% das intenções de voto.
Com efeito, a média de intenções de voto de Dilma nessas últimas pesquisas sobe para 38,2%, enquanto que a de Serra permanece praticamente a mesma (34,9%) e a de Marina tem oscilação positiva, alcançando 8,8%. Tomando por hipótese uma margem média de erro de dois pontos de percentagem, haveria, teoricamente, empate técnico entre os protagonistas lideres em intenção de votos.
Contudo, tornando a série mais contemporânea ainda, observando apenas a última rodada de pesquisas dos quatro grandes institutos, Dilma ascende para uma média de 39,3% e Serra declina para 33,9%. Nesta situação, não haveria empate técnico, já qua a diferença entre as candidaturas polarizadas está fora da margem de erro hipotética de dois pontos de percentagem.
O grande desafio para o candidato tucano continua sendo romper a barreira dos 35% de intenção de votos, de forma sustentada. O mesmo acontece com Marina Silva que, em patamar mais baixo, não consegue ultrapassar os 10% de intenção de votos. Já Dilma, em vantagem, precisa apenas mostrar que sua ascensão nas pesquisas ainda tem espaço de ampliação, já que há algum tempo vem mantendo certa estabilidade de intenção de votos, aí por perto do limite superior do patamar de 35% a 40%.