É POSSÍVEL DESCOBRIR QUEM SERÃO OS SENADORES ELEITOS?

Imagem publicada no Blog do Magno Martins
Por Adriano Oliveira – Cientista Político
 

 

Mais uma vez abordo a eleição do Senado por necessidade. Algumas questões surgiram. A pesquisa do Datafolha divulgada no dia 10/09 mostra o que todas elas têm mostrado: existe uma forte indefinição na disputa do Senado em Pernambuco.

 A indefinição ainda persiste em razão do alto percentual de indecisos – 32% dos entrevistados não sabem em quem votar para uma vaga e 21% para as duas vagas.

Ressalto, ainda, que 20% votam em branco/nulo para uma ou duas vagas. Portanto, a indefinição permanece. Considerando o Cenário das Pesquisas, observo que:

• Humberto Costa pode ter: 41% – 44% – 47% – (Margem de erro da pesquisa Datafolha: 3%);
• Marco Maciel pode ter: 29% – 32% -35% – (Margem de erro da pesquisa Datafolha: 3%);
• Armando Monteiro pode ter: 27% – 30% – 33% – (Margem de erro da pesquisa Datafolha: 3%).

O ideal para Humberto Costa é que ele tenha hoje: 44% contra 29% de Maciel e 27% de Armando. O melhor cenário para Maciel é: 35% para o candidato democrata contra 41% do candidato petista e 27% do competidor do PTB. Armando torce que a realidade seja a seguinte: Armando 33% versus Maciel com 29% e Humberto Costa com 41%.

Ao analisar com cuidado os possíveis cenários, concluirmos que os três competidores poderão vencer a disputa em um contexto de alto percentual de indecisos. A pesquisa do Datafolha, portanto, não trouxe nada de novo.

Destaco, contudo, que é possível que tenhamos surpresas nas eleições para o Senado em vários estados do Brasil. As surpresas advêm por conta de que o eleitor votará em dois senadores. Deste modo, indago e respondo:

1. Diante de vários candidatos competitivos, como é o caso de Pernambuco, quem está em primeiro poderá vir a perder a eleição? Sim, pois basta que o eleitor do segundo melhor colocado vote maciçamente, na segunda vaga, no candidato que se encontra, neste instante, em
terceiro ou em quarto;

2. É possível que o eleitor vote em apenas um senador? Sim, por erro
ou desinteresse isto pode ocorrer. Por consequência, a diferença entre
os competidores poderá ser apertada – considerando um quadro
competitivo como é o caso de Pernambuco.

3. Governadores bem avaliados podem eleger os seus senadores? Sim. E
este é o caso de Pernambuco. Entretanto, por conta de estratégias
equivocadas, Armando e Humberto fazem com que a disputa com Maciel não esteja atrelada a eleição de governador. Portanto, a influência de
Eduardo Campos talvez não seja decisiva. Humberto e Armando parecem
candidatos ao governo e não ao Senado.

4. E Jungmann poderá ser a surpresa? Afirmar categoricamente que o
candidato do PPS vencerá a eleição é ser mais do que otimista. Mas supor que ele não poderá vencer é pessimismo em demasia. Jungmann tem hoje, possivelmente, os seguintes percentuais: 10%-13%-16%. Não
desprezo a possibilidade do crescimento de Jungmann.

Voltarei avaliar a disputa para o Senado só na semana final da eleição. Não sou tão afoito como pareço!

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