Por Maurício Costa Romão
A grande maioria das análises sobre desempenho de pesquisas eleitorais se debruça sobre a averiguação dos números estimados nos últimos levantamentos dos diferentes institutos e suas divergências, maiores ou menores, vis-à-vis os resultados oficiais.
Por essa sistemática, computam-se as estimativas de intenções de voto das pesquisas e observam-se as que ficam fora da margem de erro, quando comparadas com as totalizações oficiais. Resultados fora da margem são considerados erros de previsão dos institutos de pesquisa.
A tabela que acompanha o texto apresenta as intenções de voto previstas pelos institutos para os dois candidatos e ainda, a média, em valores absolutos, das discrepâncias entre as previsões dos institutos e os resultados das urnas, as margens de erro, as datas de trabalho de campo das pesquisas e, finalmente, na última coluna, os dados oficiais do TSE.
Ao contrário do primeiro turno, vê-se, pelos dados da tabela, que os institutos de pesquisa tiveram excelente desempenho nos prognósticos efetuados para o segundo turno das eleições deste ano.
De fato, todos eles acertaram suas previsões dentro do intervalo de erro, afastando-se apenas marginalmente dos resultados das urnas. A discrepância média entre os prognósticos e os dados oficiais variou de um mínimo de 0,05 pontos de percentagem (quase acerto) para um máximo de 1,15 pontos.
Através desta metodologia, calcula-se, por instituto e para os candidatos, cada discrepância, em valores absolutos (desprezando-se o sinal negativo), entre a percentagem prevista e a observada. Em seguida, obtém-se o valor médio.
Segundo esse critério, o Ibope teve o melhor desempenho entre os quatro grandes institutos que fizeram cobertura nacional das eleições presidenciais, no segundo turno