Maurício Costa Romão
Em celebrados textos sobre as eleições brasileiras de 2008, o cientista político Antônio Lavareda constatou que a elevada aprovação do governo federal à época ensejou uma tática narrativa de candidatos da sua base de apoio de “nacionalizar” as campanhas municipais, exaltando a excelência da administração central e a capacidade de realizar parcerias com o governo.
Aos oposicionistas só restou “municipalizar” tais campanhas, direcionando o debate para fatores locais: a iluminação da praça, o calçamento da rua, o lixo, o trânsito, etc.
O resultado, como se sabe, foi bastante favorável às campanhas nacionalizadas. Hoje, 12 anos depois, nota-se um déjà-vu em termos de reedição daquela dualidade. Mas, 2020 é diferente de 2008, como diria o conselheiro Acácio.
De fato, a pesquisa CNT/MDA, de janeiro 2020, mostra a população dividida quanto à avaliação do governo federal. Grosso modo, uma terça parte faz avaliação positiva (ótimo + bom = 34,5%), outra terça parte faz avaliação negativa (ruim + péssimo = 31,0%), e a terça parte restante considera o governo regular (32,1%).
A polarização é mais magnificada ainda ao se auscultar a população quanto ao desempenho pessoal do presidente da República: metade aprova (47,8%) e metade desaprova (47%).
Isso significa que o jogo político agora está equilibrado, não há predominância de uma força sobre outra como em 2008. Daí, adotar como estratégia de sensibilização do eleitor a nacionalização da campanha, inclusive do ponto de vista ideológico, é pregar para convertidos.
Em uma conjuntura política assim, com os dois lados em pé de igualdade para se contrapor ao discurso adversário, as questões nacionais perdem relevância e as peculiaridades locais se sobressaem.
Ademais, os eleitores hoje usam distintos recursos digitais para ficar antenados e interagirem nas campanhas políticas (e-campanhas!). Seguem o noticiário on-line, os websites dos candidatos, e se manifestam a todo o momento através das mídias sociais.
Ora, num ambiente desses, nenhuma afirmativa de âmbito nacional de uma ala deixa de ser contestada em tempo real pela outra, ambas numérica e politicamente de mesmo peso. A guerra virtual não tem vencedores. De novo, o que vai diferenciar os candidatos serão suas propostas localistas, de resolução dos problemas do município.
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Maurício Costa Romão, é Ph.D. em economia pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos. mauricio-romao@uol.com.br
PT™?
“Muito engana-me, que eu compro”
E o PT®? Qual o poder constante de sua propaganda ininterrupta?
Eis:
Vive o PT© de clichês publicitários bem elaborados por marqueteiros. Estilo do brilhante e talentoso João o Milionário Santana. Nada espontâneo.
Mas apenas um frio slogan (tal qual “Danoninho© Vale por Um Bifinho”/Ou: “Skol®: a Cerveja que desce Redondo”/Ainda: “Fiat® Touro: Brutalmente Lindo”). Não tem nada a ver com um projeto de Nação.
Eis aqui a superficialidade do PETISMO:
0.“Coração Valente©”
1.“Pátria Educadora™” [Buá; Buá; Buá].
2.“Pronatec©”
3.“A Copa das Copas®”
4.“Fica Querida©”
5.“Impeachment Sem Crime é Golpe©” [lol lol lol]
6.“Foi Golpe®”
7.“Fora Temer©”
8.“Ocupa Tudo®”
9.“Lula Livre®”
10.“®eleição sem Lula é fraude” [kuá!, kuá!, kuá!].
11.“O Brasil Feliz de Novo®”
12.“Lula é Haddad Haddad é Lula®” [kkkk]
13.“Ele não®”.
14.“Minha Casa, Minha Vida©”
15.“Saúde não tem preço®”
16.“Haddad agora é verde-amarelo®” [rsrsrs].
17.“Rede cegonha©”
18.“LUZ PARA TODOS™” (KKKKK).
19. (…e agora…): “Ninguém Solta a Mão de Ninguém©”
20.“Água para todos©” (é mesmo?)
21.“Mais Médicos®”
22.PT = “Controle social da mídia” [™] (hi! hi! hi!): desejo do petismo.
23.“Brasil Carinhoso©” [que momento açucarado].
24.“Bolsa Família®”
25.“SKOL®: a Cerveja que desce RedondO”.
PT© é vigarista e aderente ao charlatanismo.
Vive de ótimos e CALCULADOS mitos publicitários.
É o tal de: “me engana que eu compro”.
Produtos disfarçados, embalagens mascaradas e rótulos mentirosos. PT™!
Nós todos apreciamos consumir alguma coisa, com certa constância. Então isso seria bom… Mas não nesse caso. PT™ é um farsa, um simulacro. Partido desgraçado.