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Novas Pesquisas p/ Governador na Paraíba e no Piauí
02/06/2010Reclamando das pesquisas
29/05/2010
Por Maurício Costa Romão
Não há mais nada para se adicionar ao que já se falou das pesquisas eleitorais, contra e a favor. Um breve apanhado das críticas e reclamações, distante anos-luz de ser exaustivo, selecionado aleatoriamente, está reproduzido a seguir, em dois blocos:
Bloco 2
Desagrado geral
“A pesquisa de intenção de voto para governador realizada pelo Ibope e divulgada ontem conseguiu uma proeza: nenhum dos maiores postulantes ao cargo ficou satisfeito com os resultados. Da metodologia utilizada a uma suspeita de manipulação de dados, todo tipo de desculpas foram encontradas pelos candidatos para justificar números ruins. Até mesmo o senador Álvaro Dias (PDT), que lidera a pesquisa, com 35% das intenções de voto, encontrou motivos para reclamar… ‘Temos números que apontam para uma liderança mais folgada’, comentou Álvaro. Números diferentes, aliás, não faltam aos candidatos. O segundo colocado no levantamento, Roberto Requião (PMDB), acredita que mais do que 28% dos eleitores paranaenses votariam nele, como indicou a pesquisa… O candidato do PT, Padre Roque Zimmermann, não escondeu seu desapontamento com os números da pesquisa, que lhe dão 5% da preferência dos paranaenses. A cúpula do partido estimava que Padre Roque largasse com 10% antes do início do horário eleitoral na tevê… Um pouco mais conformado com o resultado, Beto Richa (PSDB) garante que com a propaganda eleitoral sua candidatura irá deslanchar…” [“Candidatos do Paraná reclamam de pesquisa.” Folha de Londrina (08/08/2002)].
Reclamando das pesquisas…
28/05/2010
Por Maurício Costa Romão
Não há mais nada para se adicionar ao que já se falou das pesquisas eleitorais, contra e a favor. Um breve apanhado das críticas e reclamações, distante anos-luz de ser exaustivo, selecionado aleatoriamente, está reproduzido a seguir, em dois blocos:
Pesquisas Eleitorais: Amostras Probabilísticas e por Cota
07/05/2010Por Maurício Costa Romão
Uma amostra aleatória para ser representativa de uma população tem que refletir as principais características dessa população. Nas pesquisas eleitorais as características mais comumente utilizadas são aquelas que dizem respeito à sua situação socioeconômica e demográfica do eleitor, tais como idade, sexo, escolaridade, renda e local de residência.
A teoria estatística assegura que, sendo representativa, o pesquisador pode valer-se dos dados da amostra para fazer inferências sobre os parâmetros da população. Os resultados extraídos da amostra são chamados de estimativas dos parâmetros populacionais (que são desconhecidos) e, por isso mesmo, sujeitos a erro, o erro amostral (vide ilustração abaixo).
Nas pesquisas eleitorais são usados dois modelos de amostra: a probabilística e a amostragem por cota. A amostragem probabilística busca assegurar que todos os indivíduos na população tenham chances iguais de seleção na amostra, e que os subgrupos socioeconômicos representativos da população possam participar, no levantamento, em proporções assemelhadas às que se verificam no universo pesquisado.
Já a sistemática de levantamento por cotas é uma técnica de amostragem não probabilística que consiste na divisão da amostra em grupos ou estratos considerados relevantes para representar a população que se pretende investigar. Um determinado número de entrevistas (cotas) é estabelecido para cada um desses grupos, de sorte que a seleção seja proporcional ao seu tamanho na população.
Por exemplo, se é dado a conhecer que 55% da população são do sexo feminino, então o desenho da amostra deverá entrevistar uma cota de 55% de mulheres. Se a estratificação etária da população aponta que 23% têm entre 30 e 39 anos, a cota correspondente na pesquisa deverá entrevistar o mesmo percentual, e assim por diante.
A amostragem por cota é, disparadamente, a mais utilizada pelos institutos de pesquisa por questões de praticidade e economicidade, ademais de apresentar, segundo a literatura especializada, resultados tão bons quanto os dos levantamentos probabilísticos. Nos Estados Unidos, onde a cobertura de aparelhos telefônicos fixos chega perto dos 100%, o método predominante é o probabilístico, sendo as pesquisas feitas por telefone. No Brasil, a utilização da pesquisa probabilística é inviável: leva muito tempo (fica dissonante das exigências da dinâmica eleitoral) e custa, no mínimo, três vezes mais que um survey por cotas.
As ilustrações abaixo, extraídas de pesquisa de intenção de voto para Prefeito realizada em 2008 no Recife, mostram as diversas cotas determinadas na amostra que reproduziam características da população do município.
É oportuno registrar que o erro amostral tolerável calculado nas pesquisas por cotas é, na verdade, uma aproximação do valor que seria derivado de uma amostra aleatória simples. O erro amostral e seu respectivo intervalo de confiança só são passíveis de estimação em amostras probabilísticas. Nos levantamentos que utilizam o método de cotas – método caracteristicamente não probabilístico – o erro e o nível e confiança são determinados por simplificação (proxy), como se a amostra fosse aleatória.
Sobre o autor
Maurício Costa Romão é Master e Ph.D. em economia pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, sendo autor de livros e de publicações em periódicos nacionais e internacionais...
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