eleição
PESQUISAS, NÚMEROS E EMOÇÕES (Publicado no Jornal do Commercio em 28/10/2018)
09/11/2018Maurício Costa Romão
Nas últimas pesquisas publicadas até sexta-feira, 26/10, desta semana (MDA, Ibope, XP/Ipespe, Real Time Big Data, Paraná Pesquisas e Datafolha), a diferença de intenções de voto entre os dois postulantes no segundo turno continuava elevada, com Bolsonaro registrando média de 57,4% dessas intenções e Haddad 42,6%, uma vantagem de 14,8 pontos percentuais.
DUAS OBSERVAÇÕES SOBRE A ELEIÇÃO PRESIDENCIAL
24/10/2018Maurício Costa Romão
O voto espontâneo
Quando foram divulgadas as pesquisas do Datafolha e do Ibope para presidente, entre 10 e 12 deste mês de setembro, a grande curiosidade dos analistas era detectar eventuais efeitos sobre as intenções de voto decorrentes da facada desferida contra o candidato Jair Bolsonaro.
Dado que o foco principal estava voltado para esse aspecto, passou despercebido um relevante resultado mostrado pelas pesquisas: a razão voto espontâneo/voto estimulado.
“O OUTRO ERA ELE MESMO…”
24/10/2018Maurício Costa Romão
Disse o coronel Aureliano Buendía, em “Cem anos de solidão”, que a diferença entre liberais e conservadores em Macondo era a de que os liberais iam à missa das cinco horas e os conservadores iam à missa das sete…
Vivesse no Brasil, diante de partidos tão inorgânicos, o coronel ia repetir algo parecido sobre os rótulos de “esquerda” e “direita” em terras tupiniquins.
O DISTRITÃO E O PUXADOR DE VOTOS
27/08/2017Maurício Costa Romão
O puxador de votos é, conceitualmente, um candidato a parlamentar de muito prestígio entre os eleitores, cuja grande votação individual chega a ultrapassar o quociente eleitoral do pleito de que participa, gerando sobras de votos (spillover) suficientes para eleger outros candidatos – às vezes com votações ínfimas – do seu partido ou coligação.
Daí vem a crítica ao sistema proporcional em vigor no Brasil: o eleitor vota em um candidato e é surpreendido com a eleição de outros nomes que ele não conhece, ungidos ao Parlamento graças à votação do seu preferido.
RECIFE: QUOCIENTE ELEITORAL EM 2016
28/01/2016Maurício Costa Romão
O quociente eleitoral (QE) é uma variável-chave das eleições proporcionais, pois somente partidos ou coligações que lograrem votação suficiente para ultrapassá-lo é que podem ascender ao Parlamento. Daí por que é às vezes chamado de cláusula de barreira.
Em artigo publicado na imprensa local, em 29 de junho de 2011, estimamos que o QE das eleições do ano seguinte, no Recife, gravitaria ao redor de 22.953 votos válidos. O resultado oficial foi de 22.531 votos, uma diferença para menos de apenas 422 votos, cerca de 1,9%.
Para se determinar o QE é preciso conhecer as variáveis que entram na sua composição: o eleitorado, a abstenção (ou os votos apurados), os votos brancos, os votos nulos e, consequentemente, os votos válidos (VV), e, também, o número de cadeiras (C) disponíveis no Legislativo. Na prática o QE é simplesmente calculado dividindo-se os votos válidos totais do pleito pelo número de cadeiras do Legislativo: QE = VV / C.
Sobre o autor
Maurício Costa Romão é Master e Ph.D. em economia pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, sendo autor de livros e de publicações em periódicos nacionais e internacionais...
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