Comparação
PESQUISA ELEITORAL E RETÓRICA
02/02/2021Maurício Costa Romão
Em 2010 o Ibope produziu extenso relatório sobre suas pesquisas em 24 estados brasileiros, intitulado “Balanço das eleições de 2010”, e diz no intróito:
“Neste documento podem ser observadas as intenções de voto obtidas nas pesquisas divulgadas na véspera da eleição e nas pesquisas de boca de urna comparadas aos resultados oficiais do TSE”.
Depois de mostrar para cada estado da Federação o “percentual de votos previstos corretamente”, o instituto elabora um quadro resumo com o título: “Índices de acertos no 1º turno de 2010”, no qual detalha a quantidade e os percentuais de: (a) acertos de candidatos com estimativas dentro da margem de erro; (b) acertos na colocação dos candidatos, apesar de estimativas fora da margem de erro; (c) candidatos fora da margem de erro e da colocação final.
PESQUISAS ELEITORAIS PARA GOVERNADOR EM PERNAMBUCO
04/09/2014Maurício Costa Romão
Desde o mês de abril deste ano foram publicadas dez pesquisas registradas de intenção de votos para governador de Pernambuco, realizadas por quatro institutos: IPMN (3), Ibope (3), Opinião (2) e Datafolha (2).
O gráfico que acompanha o texto expõe os resultados dessas pesquisas em ordem sequencial de trabalho de campo: IPMN (primeira, quinta e oitava), Ibope (segunda, quarta e sétima), Opinião (terceira e nona) e Datafolha (sexta e décima).
As pesquisas realizadas após a morte do ex-governador Eduardo Campos, em número de quatro, estão separadas pela linha verde do gráfico.
COMPARANDO ESTIMATIVAS DO QUOCIENTE ELEITORAL COM RESULTADOS OFICIAIS DE 2012
13/11/2012Maurício Costa Romão
O quociente eleitoral (QE) é uma variável-chave das eleições proporcionais, pois somente os partidos ou coligações que lograrem votação suficiente para ultrapassá-lo é que podem ascender ao Parlamento. Daí por que é, às vezes, chamado de cláusula de barreira.
Uma característica que o torna meio que enigmático é o fato de que sua determinação só pode ser feita depois de computados todos os votos da eleição, quer dizer, depois de totalizados o eleitorado, a abstenção ou os votos apurados, os votos brancos, os votos nulos e, conseqüentemente, os votos válidos (VV). Dessas variáveis, a única que se conhece de antemão é o eleitorado. As outras, só depois do pleito.
PERU À BRASILEIRA
11/06/2011José Sarney
Folha de S.Paulo, 10/06/2011
O Peru, como o Brasil, teve em sua história recente comuns atropelos com os militares e divisões pseudoideológicas a pregar reformas de base esotéricas, xenofobias desesperadas e populismo anárquico. Tal fase, para eles, só acabou em 1985, com o término do mandato de Belaúnde Terry e a eleição de Alan García (em seu primeiro governo). A política peruana sempre foi comandada pela aristocracia crioula de Lima ou pelos “incas”, militares que comandavam, como Velasco Alvarado, ideias autoritárias com base ideológica. Era frágil a estrutura democrática e o interior permanecia com a população indígena mergulhada na miséria absoluta.
PESQUISAS X URNAS: MAIORES COLÉGIOS ELEITORAIS
06/10/2010Por Maurício Costa Romão
No corpo central das tabelas estão mostradas as intenções de voto previstas pelos institutos para os candidatos listados. As células hachuriadas em vermelho destacam as intenções de voto que ficaram fora da margem máxima de erro estipulada, relativamente aos dados oficiais constantes da última coluna.
Por exemplo, na eleição de São Paulo o Datafolha previu 55% de intenções de voto para Alkmin. Como a margem de erro daquela pesquisa foi de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, o candidato tucano poderia ter 57%, no máximo, e 53%, no mínimo. Da feita que o resultado oficial foi 50,63%, as estimativas do instituto não incluiram esse percentual dentro de sua margem de variabilidade de erro (53% a 57%). Tecnicamente, então, cometeu um erro de prognóstico.
Nesse contexto, as intenções de voto contidas nas células hachuriadas são, portanto, consideradas erros de previsão dos institutos de pesquisa.
Como se pode observar pela quantidade de células avermelhadas colorindo as seis tabelas, o desempenho desses dois grandes institutos – Ibope e Datafolha – deixou a desejar. Ademais, ficou patente nesta e em outras eleições que ainda há grande dificuldade por parte deles de captar as chamadas “ondas de opinião” (vide Marina, por exemplo,) que vez por outra acontecem às vésperas das eleições.
Sobre o autor
Maurício Costa Romão é Master e Ph.D. em economia pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, sendo autor de livros e de publicações em periódicos nacionais e internacionais...
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