Bolsonaro
REVISTA “ALGO MAIS” ENTREVISTA MAURÍCIO COSTA ROMÃO
24/11/2020ALGO MAIS: O que pode explicar um segundo turno entre duas candidaturas de esquerda no Recife? Temos a única capital nesta situação no país.
MR: Disse o coronel Aureliano Buendía, em “Cem anos de solidão”, de Gabriel Garcia Marquez, que a diferença entre liberais e conservadores em Macondo era a de que os liberais iam à missa das cinco e os conservadores iam à missa das sete horas…
Vivesse no Brasil, diante de partidos tão inorgânicos, programaticamente tão inconsistentes, e tão vazios do ponto de visto ideológico, o coronel ia repetir algo parecido sobre os rótulos de “esquerda” e “direita” em terras tupiniquins.
BOLSONARO EM ZUGZWANG
24/10/2020Maurício Costa Romão
O Auxílio Emergencial (AE) para 67 milhões de brasileiros só vigora até dezembro. Na iminência do abalo social, econômico e político que advirá da cessação do benefício, o presidente Bolsonaro busca uma maneira de torná-lo permanente, com um valor de R$ 300 para aproximadamente 20 milhões de pessoas.
A questão é: com que recursos? Como sói acontecer nestas garimpagens por escassas fontes de renda, a malfadada idéia da CPMF sempre emerge como alternativa. A história desse imposto no Brasil não recomenda ressuscitá-lo.
“REVISTA ALGO MAIS” ENTREVISTA MAURÍCIO COSTA ROMÃO
03/09/2020ALGO MAIS: A eleição deste ano será bem diferente das anteriores, devido à pandemia. O que muda essencialmente?
MR: A característica principal desta eleição é que as campanhas dos candidatos vão acontecer com pouca presença física junto ao eleitorado. A campanha, digamos, analógica, passa a ser virtual e isso traz várias conseqüências:
A rua física se torna rua virtual, o comitê físico agora é remoto, os contatos pessoais de rua, próprios da tradicional campanha, passam a ser contatos de redes, e o bom cabo eleitoral agora é o que tem influência digital; os gastos de campanha com materiais físicos são destinados hoje aos meios digitais; a propaganda com panfletos, santinhos, etc., agora será divulgada com mensagens de vídeo e por aí vai. É uma mudança muito profunda em termos de eleição.
Não é (só) a economia
31/08/2020(Publicado no Jornal do Commercio em 30/08/2020)
Juliano Domingues
Maurício Costa Romão
A política tem razões que a própria razão econômica desconhece. Não levar isso em conta induz análises apressadas a equívocos relativamente comuns, como o de estabelecer relação causal entre o auxílio emergencial da covid 19 e melhora da avaliação da gestão Jair Bolsonaro.
Pesquisa Datafolha do início deste mês apontou o melhor índice de aprovação do atual presidente desde o início do mandato: 37% dos eleitores classificaram sua administração como positiva. Os números mais favoráveis ao governo surgem em um contexto de pagamento de R$ 254,6 bilhões em auxílio emergencial, com quase 1/3 da população beneficiada.
AUXÍLIO EMERGENCIAL E POPULARIDADE DO PRESIDENTE
27/08/2020Maurício Costa Romão
O benefício financeiro do auxílio emergencial (AE) fornecido pelo governo federal para enfrentamento da crise do coronavírus se destaca de pronto pela grandiosidade dos números.
O total de gastos autorizado para o Programa é de R$ 254,6 bi, sendo que até o dia 18/08 foram pagos R$ 161,0 bi para 66,4 milhões de beneficiários (quase um terço da população brasileira).
Naturalmente que um auxílio dessa magnitude, envolvendo trabalhadores informais, os já beneficiários do Bolsa Família e os que compõem o Cadastro Único, deve ter sido o grande responsável pela melhoria recente na avaliação do governo Bolsonaro detectada por vários institutos de pesquisa.
Sobre o autor
Maurício Costa Romão é Master e Ph.D. em economia pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, sendo autor de livros e de publicações em periódicos nacionais e internacionais...
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